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quarta-feira, setembro 28, 2011

Tento Te Reencontrar


Em certo momento da minha vida,

Percebi que não sei viver sem você.

Minha vida se tornou muito sofrida,

Depois que perdi você.


Por menos que eu diga que te amo,

É com você que quero viver.

Tenho certeza que não foi engano,

Quando pensei em contigo morrer.


Preciso te reconquistar,

Pois sem você tudo perdi.

Preciso te reencontrar,

Pois com você, tudo vivi.


Por mais que eu pense que sim,

Você me diz que não.

Meu amor a vida é assim,

Pra quem gosta de ferir um coração.


Hoje te tenho aqui;

Amanhã nunca se sabe.

Vivo minha vida agora,

Ante que minha vida se acabe...

Júlio Romão Barbosa Neto

A Alegria Que Me Prendia


Já não procuro motivos para ficar triste.

A alegria já não me prende tanto,

Quanto prendia antes de te conhecer.

Quando ouvi sua voz,

Meu mundo se transformou drasticamente.

Você foi a primeira desconhecida,

Que me deu valor,

Que me deu atenção.

Foi você quem me tirou do fundo do poço,

Da ruína da tristeza.

Foi você quem me deu a liberdade,

Que me tirou das trevas do abismo.

Já não me sinto preso,

Já não me sinto triste,

Já não me sinto só.

Sinto que encontrei o meu Nirvana,

Que encontrei a parte que me preenche.

A parte que me faltava.

Minha vida não é mais a mesma,

Desde o dia em que ouvi a sua voz.

Não preciso mais ficar triste,

Não preciso mais sofrer.

Só preciso da liberdade,

E da vontade de te ver...


Júlio Romão Barbosa Neto

terça-feira, setembro 13, 2011

Sadomasoquismo E Apotemnofilia


Que música é essa que toca em minha cabeça?
Não consigo decifrá-la.
O que você fez comigo?
Onde está o meu eu de tempos atrás?
Onde está aquela mente sóbria e firme?

Não sinto mais meus braços;
Por que tudo está escuro aqui?
Eu não sabia que sua forma de amor era dessa maneira:
Amor que estraçalha, que mutila, que destrói...
Mas um amor que eu adoro...

Adoro sentir seus dentes rasgando minha pele...
Adoro sentir suas unhas furando minhas veias...
Adoro sentir seu sexo me sufocar...

Que forma de amor bizarra é essa que,
você, porventura, me ensinou?
Que forma de amor é essa em que
Nos mutilamos para obter o prazer?
Que forma demoníaca é essa que me amas?

Por que não me matas logo,
E fazes amor com meu cadáver?

Me ame da maneira que quiseres!
Me ame da forma que desejares;
Mesmo que eu venha a perecer.
Mas perecerei sabendo que por ti,
Um dia eu fui amado...



Júlio Romão Barbosa Neto

domingo, setembro 04, 2011

Bem-Vindo Ao Meu Mundo!


Sozinho nesta casa:
Qual será a diferença entre
A solidão e a multidão lá fora?
Nenhuma!
Em ambas as situações estarei sozinho.
Prefiro a morte.
Nunca gostei de multidões;
Nunca gostei da solidão.
Pra ser sincero,
Nunca gostei de nada.

Trancado no meu quarto;
Qual será a diferença entre
viver e morrer?
Nenhuma!
Em ambos os casos,
Continuarei a sofrer.
Sim, sofrer! E sabe por quem?
Por você.
Não se faça de vítima;
Sabes que és a responsável.

Sentado na sala;
Estou me embebedando
Com o ópio do seu desprezo.
Curtindo uma viagem sem volta;
Curtindo essa depressão!

Entre uma pedra e uma faca:
Qual a aparente relação entre ambas?
Prisão! Sim, a prisão!
Ambas podem te dar a prisão.
Confesso que as frias paredes
De uma solitária,
Me parecem mais aconchegantes
Que esse mundo imundo.
Matar?
Não, isso não vem ao caso.

Com um copo de bebida na mão,
Fujo da realidade por alguns minutos.
Queima aqui no meu coração,
O fogo e a vontade de te matar.
Me sinto escravo dos teus caprichos.
Sim, uma confissão de insucessos!
Essa é a minha vida:
Sem coerência;
Sem coesão;
Sem explicação.

Com uma faca na mão;
Qual será a diferença entre fazer e,
Deixar acontecer?
Nenhuma!
Ambos os caminhos levam a um fim trágico!
E nas tragédias da vida real sempre faltam
Significado e um pouco de estilo.

E agora me pergunto:
Qual será o verdadeiro sentido
De vivermos?
A vida em si é um paradoxo:
Não faz sentido nascermos,
Para um dia morrermos.
Acreditem, não sou louco!
Só fujo, às vezes,
Ao senso comum.

Qual a diferença entre um túmulo
E o pólo norte?
Nenhuma!
Ambos são vazios, silenciosos e
Cheiram à morte.
E o que é a morte?
Será o início de uma condenação
Ou será a saída de uma prisão?

Qual a semelhança entre o placebo
E um bolo de chocolate?
Ambos são feitos de farinha.
Entre os dois,
Prefiro o placebo;
Ele ainda promete uma cura
Para o mal que e consome.
Um mal que não tem cura!
Mas para isso,
Existe a esperança.

Mas o que é esperança?
Uma confusão de sentimentos,
Ou a vontade pelo bem?
Nunca a conheci.
Dizem que ela vem e,
Logo depois se vai.
Se for desse modo,
Prefiro nunca conhecê-la.

Me oponho à qualquer forma
De demonstração de carinho.
Meu rosto não tem harmonia;
Sou anatomicamente desproporcional;
Sofro de leve esquizofrenia e
Já fui dado como louco.
Se você achou tudo isso loucura,
Precisa conhecer o resto.
Se você achou tudo isso besteira,
Bem-vindo ao meu mundo;
Este sou eu!...



Júlio Romão Barbosa Neto

sexta-feira, setembro 02, 2011

Queria


À Andreia Raquel


Queria eu, que beijasses
Meus lábios mais uma vez,
Roubando-me o fôlego.
Queria eu, que me beijasses
Como se fosse a última
Coisa que fosses fazer na vida.

Queria eu, o afago mais sincero
Das tuas belas mãos.
Queria eu, o olhar mais doce
Que os teus olhos têm.
Queria eu, que aquele sábado
Não tivesse terminado.

Queria que a minha alma
Fosse sugada para perto da sua,
Através dos teus beijos.
Queria eu, que meu espírito
Se unisse ao teu e
Entrássemos em sintonia com o universo.

Queria eu, que querer fosse poder;
Só assim poderia te querer,
E poderia te ter.
Queria que a vida fosse
um pouco mais justa com nós dois.

Queria que não fosse
Apenas o efeito do álcool
Que corria em nossas veias
Naquele instante.
Queria acreditar na reciprocidade
De sentimentos pós-ressaca.

Queria eu esquecer de tudo,
Até o momento em que
Começamos a nos beijar.
Assim como o mar,
Que muda de cor quando
Encontra o céu,
Também serei eu quando te encontrar.

Queria entender porque,
Depois de tanto tempo,
É que viemos "ficar".
Queria entender porque
Não sei o que te dizer.
Queria entender o que
Não consigo entender.

Queria eu, te entender...
Queria eu, me entender...
Queria;
Apenas queria...

Júlio Romão Barbosa Neto